CBDC

Examinar as diferentes linguagens considerando plataformas e público-alvo da divulgação científica para uma comunicação púbica da C,T&I, considerando as diferentes culturas e formação dos estratos sociais para uma recepção e apropriação do conhecimento. Oferecer dicas e referencias da literatura da área para o desenvolvimento de linguagens mais adequadas para o público leigo em geral.
Professor: Fabiano Ormanaze, professor de jornalismo na Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

O curso tem como objetivo examinar como os meios de comunicação representam a saúde e as doenças, numa perspectiva individual e coletiva. Suas concepções, configurações, ênfases. Discutir os aspectos sociais da saúde na Constituição, como bem público e não como mercadoria.

O geneticista Aldo Malavasi presta uma homenagem a Crodowaldo Pavan, também geneticista e divulgador científico

PALESTRAS

28/09 - 11:10

Jornalismo científico – virtudes e fragilidades

Palestrante: Carlos Henrique Fioravanti

Debatedor: José Roberto Ferreira

Como as universidades públicas do estado de São Paulo utilizam as novas mídias para a produção de conteúdos de divulgação científica? Identificamos que as principais plataformas comunicacionais utilizadas são portais, revistas e jornais, blogs, podcasts, vídeos, redes sociais (Facebook, Twitter e Instagram) e newsletters. Neste apresentação, trazemos uma amostra dos resultados da pesquisa de mestrado, ilustrando com alguns dos exemplos encontrados.

Diante do atual cenário promovido pelo governo brasileiro, de desmonte ambiental e negação da influência das atividades humanas na promoção das mudanças climáticas, e de intensificação da agenda ambiental e climática mundialmente, ressalta-se a pertinência de se investir numa reflexão que busque ressignificar o papel da divulgação científica, e especificamente do jornalismo de ciência e ambiental. O presente trabalho propõe abordagem metodológica baseada na investigação de iniciativas de pesquisa participativa, tendo em vista que a metodologia participativa é capaz de favorecer a interação dialógica entre cientistas e outros atores sociais. Tal articulação, por sua vez, tem potencial de reconhecer pluralidades e complexidades que norteiam a ação pública e processos de governança participativa, evidenciando mecanismos coletivos de construção do conhecimento que muitas vezes escapam a práticas de comunicação e divulgação convencionais – isto é, aquelas que se concentram exclusivamente na difusão de resultados de estudos publicados em periódicos acadêmicos.

O objetivo do estudo é analisar de que forma os processos comunicacionais do projeto “Ciência na Ilha: educação e divulgação científica na Amazônia” contribuem ao diálogo e interação entre o conhecimento científico e os saberes da população ribeirinha de Cotijuba, uma das 39 ilhas de Belém do Pará. Assim, investiga-se o evento à luz da Comunicação Pública da Ciência, do paradigma relacional da comunicação, da ecologia de saberes e das teorias decoloniais. A metodologia envolve observação da feira em duas edições (2017 e 2019), análise documental da programação e entrevistas abertas e semiestruturadas com alunos e professores da Escola Estadual Marta da Conceição, sede do evento por seis edições, e também com alunos e professores do Clube de Ciências da UFPA, que realizam o projeto há 15 anos. À priori, aponta-se a feira como um modelo hibrido de Comunicação Pública da Ciência, com traços de diálogo e interação, aliados a forma clássica vertical de produzir e comunicar o conhecimento.  

O vídeo apresenta, a partir da abordagem teórica da Análise de Discurso francesa,  análises desenvolvidas no Facebook  sobre o discurso antivacina e pró-vacina, específico ao discurso institucional do Ministério da Saúde, em um momento que antecede a pandemia de Covid-19. O objetivo era compreender que relações de sentido sobre a vacina(ção) esses sujeitos produziam/circulavam no espaço digital e que mecanismos estavam funcionando nesse processo de significação. A análise de discursos tomados no imaginário como ideologicamente antagônicos pretendeu compreender as condições de produção que possibilitavam ter na sociedade uma discursividade antivacina.

A ciência dos memes e os memes sobre ciência: autoria colaborativa e divulgação científica na internet.
Kaio Eduardo de Jesus Oliveira – Universidade Tiradentes - BA

Difusão, divulgação e letramento científico como tecnociência solidária: a caixa-preta dos algoritmos e a percepção pública da ciência, tecnologia e inovação.


Renato Aparecido Terezan de Moura – Universidade Estadual Paulista-Araraquara. 

Autoridade científica: uma proposta de análise a partir dos estudos de percepção pública sobre CT&I.

Vanessa Fagundes – Universidade Federal de Minas Gerais.

PALESTRAS

28/09 - 15:00


Trajetória e desafios da divulgação científica no Brasil

Palestrante: Yurij Castelfranchi

Debatedora: Fabíola de Oliveira 

Diversidade étnica e cultural na DC: saberes institucionalizados

COORDENAÇÃO:
Ricardo Alexino Ferreira Professor associado (livre-docente) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, do Programa de Pós-graduação Humanidades, Direitos e outras Legitimidades da USP e diretor, produtor e apresentador do programa radiofônico de entrevistas de divulgação científica Diversidade em Ciência, veiculado na Rádio USP. Tem desenvolvido pesquisas em Etnomidialogia, divulgação científica em ciências das diversidades e direitos humanos. Na ECA-USP, desenvolveu a tese de livre-docência “Os critérios de noticiabilidade da mídia impressa na cobertura de grupos sócio-acêntricos em abordagem etnomidialógica” e a tese de doutorado Olhares negros: estudo da percepção crítica de afro-descendentes sobre a imprensa e outros meios de comunicação.

PARTICIPANTES:
Carlos Eduardo Dias Machado  Mestre em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). Atua na área de ensino da Secretaria Municipal da Educação de São Paulo. É autor dos livros “Gênios da Humanidade: Ciência, Tecnologia e Inovação”, “População negra e escolarização na cidade de São Paulo nas décadas de 1920 e 1930”, Ciência, Tecnologia e Inovação Africana e Afrodescendente”, “Negras e negros inventores, cientistas e pioneiros: contribuições para o progresso da humanidade”. 

Cláudia do Carmo Nonato Lima Doutora em Ciências da Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), é vice-coordenadora do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho da ECA-USP, editora executiva da revista Comunicação e Educação (ECA-USP) e professora do curso Mídia, Comunicação e Cultura, do Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (CELACC-USP). 

Lázaro Cunha Graduado em Engenharia Mecânica e mestre em Ensino, Filosofia e História das Ciências pela Universidade Federal da Bahia. Diretor executivo do Instituto Cultural Steve Biko (ICSB), instituição pioneira no Brasil na preparação de jovens negros e negras para o acesso ao nível universitário e uma das organizações contempladas com a Premiação Nacional de Direitos Humanos, em 1999. É um dos fundadores e coordenador geral do programa Oguntec, iniciativa de fomento à C,T&I voltada para jovens negros e negras de escolas públicas. Foi diretor de Inovação da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb).

Renan Albuquerque Rodrigues Professor adjunto da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). É doutor em Sociedade e Cultura pela UFAM, pós-doutor pelo Programa de Pós-graduação Humanidades, Direitos e outras Legitimidades da USP, coautor dos livros “Baldios - Os invisíveis desapossados da cidade” e “Kapi, un leadership clanique e par affinité”. Lidera o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ambientes Amazônicos (Nepam/UFAM) e coordena o Laboratório de Editoração Digital do Amazonas (Leda/UFAM).

Descrição do caso da marca Alicita Estampas, da jornalista Alicia Ivanissevich, que adotou motivos científicos para ilustrar seus produtos e vestuário.

 O projeto Meninas Negras na Ciência foi concebido como uma estratégia de promoção da saúde e cidadania, fortalecendo a divulgação e popularização da ciência, por meio de atividades educativo-culturais. Voltado para meninas negras estudantes do Ensino Médio das escolas públicas localizadas em territórios socialmente vulnerabilizados da cidade do Rio de Janeiro. Dados da ONU/BR (2017) apontam que, apesar dos importantes avanços das políticas de ações afirmativas, apenas 12% das mulheres negras têm acesso ao ensino superior. Nesse contexto, os objetivos são: sensibilizar as jovens para a educação em ciência e saúde; atuar na perspectiva da interseccionalidade de gênero e raça; construir uma rede de trabalho integrado e colaborativo com a participação de mulheres cientistas e movimentos sociais. A primeira edição aconteceu de dezembro de 2020 a julho de 2021 com fomento da Merck. As atividades aconteceram no formato on-line envolvendo a equipe educadora, dez meninas, cientistas e ativistas. 

Alicita Estampas – Rio de Janeiro, RJ

Criações de design com temas científicos para estamparia em suportes como vestuário e utensílios.

Com a chegada da pandemia ao Brasil, o Laboratório Aberto de Interatividade para Disseminação do Conhecimento (LAbI), sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), buscou formas de colocar seus 15 anos de experiência em comunicação pública da Ciência a serviço tanto da disseminação de informações relevantes à prevenção, quanto da valorização dos esforços empreendidos pela comunidade científica brasileira. Várias iniciativas surgiram, dentre as quais destaca-se o podcast Quarentena, publicado diariamente por 280 dias em 2020 e, agora, em edição semanal. Os 305 episódios produzidos até agosto de 2021 – com média de uma hora cada – já tiveram cerca de 350 mil audições, e os depoimentos do público (com muitos ouvintes fiéis desde os primeiros episódios) evidenciam a emergência de sentimentos de confiança e segurança, bem como postura crítica, em relação às informações divulgadas, ainda que, quase sempre, o contexto reportado seja de grande incerteza e muita insegurança.

VÍDEO SOBRE AS ATIVIDADES REALIZADAS PELA SEARA DA CIÊNCIA - COORDENADORIA DA PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

PALESTRAS

28/09 - 19:30


Divulgação científica para a cultura científica

Palestrante: Carlos Vogt

Debatedora: Vanessa Fagundes

Divulgação científica na pandemia: aprendizado e legado – Instituições

COORDENAÇÃO:
Elisa Oswaldo Cruz Marinho  Gerente de Comunicação da Academia Brasileira de Ciências (ABC) desde 2006. Doutora em Educação, Gestão e Difusão em Biociências pelo IBqM/UFRJ, com tese sobre as contribuições das Academias de Ciências para a educação científica, na Índia e no Brasil. No mestrado (IBqM/UFRJ), sua dissertação focou na divulgação de carreiras científicas para jovens do ensino médio. Fez especialização em jornalismo científico (Labjor-Unicamp, 2007-2008). 

PARTICIPANTES:
Claudia Izique Gerente de Comunicação da Agência Fapesp. Antropóloga e jornalista, foi coordenadora de imprensa no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas; editora de política científica e tecnológica da Revista Pesquisa Fapesp; editora de política, trabalho e legislação da Gazeta Mercantil e repórter do Correio Braziliense.

Elisa Andries Coordenadora de Comunicação Social da presidência da Fiocruz. Mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), trabalhou quase 10 anos no jornal O Globo, com passagens pelos jornais de Bairros e pelas editorias de Ciência, Internacional e Economia. Na Fiocruz desde 2002, foi assessora de comunicação da ENSP/Fiocruz e assumiu a comunicação da presidência em 2014, atuando em emergências sanitárias como ebola, zika, febre amarela e, agora, Covid-19.

Herton Escobar Repórter especial da Superintendência de Comunicação Social da Universidade de São Paulo (USP) desde 2019. É jornalista profissional, especializado na cobertura de ciência e meio ambiente. Trabalhou durante quase 20 anos como repórter do jornal O Estado de S. Paulo, com mais de duas mil reportagens publicadas em formato impresso e digital, sobre uma grande variedade de temas. Desde janeiro de 2015 é também colaborador internacional da revista Science, nos Estados Unidos. 

Vivian Retz  Gerente de Comunicação do Instituto Butantan. Jornalista e escritora, com formação em jornalismo e publicidade. Há oito anos atua em comunicação corporativa na área de saúde. No Governo do Estado de São Paulo, coordenou a comunicação de projetos como a parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Hospital das Clínicas de São Paulo, Instituto de Pesos e Medidas e Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo. Foi repórter no jornal Agora, editora de multimídia na Folha de S. Paulo e editora de homepage nos portais UOL e MSN.

A comunicação pública parte do princípio de que as instituições públicas devem ser abertas e interagir com o cidadão por meio de um trabalho conjunto com os meios de comunicação. No minicurso "Dos laboratórios para a sociedade", abordaremos de que forma pesquisadores, comunicadores e sociedade podem atuar no sentido de uma construção coletiva do conhecimento no processo de divulgação científica. Falaremos sobre a produção de conteúdos para veículos de comunicação e redes sociais, relacionamento com a imprensa e organização de atividades de popularização da ciência.

O Projeto Sirius para jornalistas e divulgadores de ciência

Nem sempre o rigor científico tem sido uma meta nos vídeos veiculados no on-line, prejudicando a qualidade da informação. Por outro lado, não há necessidade de se ter materiais sofisticados para produzir bons vídeos. Portanto, é fundamental se saber produzir vídeos como uma ferramenta qualificada para a  democratização o conhecimento. Realizar roteiros e compreender os processos de produção de um vídeo podem contribuir para torná-los eficazes na comunicação da ciência para a sociedade.

Em um momento de desinformação, se torna cada vez mais necessário promover ações que buscam aproximar o ambiente escolar da metodologia científica contextualizada com o ensino investigativo como forma de alcançar o conhecimento. O minicurso busca mostrar a importância da experimentação como forma de aprender e ensinar ciências em sala de aula, proporcionando uma oportunidade de entender como a ciência funciona. Para isso, será apresentado o projeto Ser Cientista (UFRJ) como estratégia para inspirar o ensino investigativo nas escolas. Os participantes assistirão uma demonstração de atividades realizadas no âmbito do projeto, com sugestões de como montar o experimento, estimular o questionamento e a criação de hipóteses pelos estudantes.

Leopoldo De Meis (1938-2014)

Formato em medicina, dedicou-se à bioquímica como docente da UFRJ. Exerceu intensas atividades junto a estudantes do ensino fundamental – para quem produziu material didático atraente para o ensino de ciências, como livros ilustrados, peça de teatro e filmes animados.

Experiência privada no financiamento à divulgação científica

Palestrante: Hugo Aguilaniu
Desde 2017 é diretor-presidente do Instituto Serrapilheira. Geneticista de formação, fez o doutorado na Universidade de Gotemburgo (Suécia) e um pós-doc no Salk Institute for Biological Studies (EUA). Em seguida, juntou-se ao Conseil National de la Recherche Scientifique (França), onde se tornou diretor de pesquisa. Na École Normale Supérieure de Lyon, liderou uma equipe de 2006 a 2016, cuja pesquisa foi premiada pelo CNRS e ERC (Conselho Europeu de Pesquisa). É membro do Conselho Superior da Faperj.

Debatedora: Graça Caldas 

Jornalista de ciência e pesquisadora do Labjor-Unicamp. Coordena o Grupo de Pesquisa Comunicação, Educação, Ciência e Sociedade. Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP e pós-doutora em Política Científica pelo IG-Unicamp. Atuou no programa de pós-graduação em Comunicação da Umesp, onde coordenou o curso de jornalismo e  dirigiu a Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas. Foi professora da PUC-Campinas e PUC-SP, e diretora acadêmica da Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC). 

Graça Mascarenhas (1947-2018)

Jornalista, deu significativa conbruição à divulgação científica ao se tornar, em 2002, gerente de comunicação da Fapesp. Anteriormente, trabalhou nas redações da revista Visão, do jornal O Estado de S. Paulo e das revistas Globo Rural e Galileu. 

Ricardo Bonalume (1960-2018)

Jornalista, teve sua trajetória profissional feita quase exclusivamente na Folha de S. Paulo. Fez várias coberturas para a editoria de assuntos internacionais, em diferentes países, mas foi como repórter de ciência que se consagrou no jornalismo.  

A pandemia tem colocado em evidência a importância da divulgação científica e do jornalismo científico na sociedade, assim como a de profissionais com formação para transitar pelos  diferentes discursos da ciência e da mídia. Em 2005, uma pesquisa nacional elaborada pela Associação Brasileira de Jornalismo Científico (CALDAS, 2005) mostrou que 16% das universidades brasileiras tinham uma disciplina relacionada ao tema. Quinze anos depois, nosso trabalho avaliou quantos cursos de jornalismo das Universidades Públicas têm ao menos uma disciplina dedicada ao jornalismo científico e encontrou que elas aparecem em apenas 40,6% dos cursos. A porcentagem das que oferecem a disciplina de forma obrigatória é ainda menor, 4,7% dos cursos de jornalismo de Universidades Públicas. Pensar a formação tanto no nível de graduação quanto como formação complementar é um importante processo para melhorar a qualidade do jornalismo científico. 

Caldas et al. (2005) Compós. Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduaçã

Individualização da responsabilidade na pandemia da COVID-19 no Brasil: explorando pontos cegos na construção de imaginários em saúde pública.
Renan Leonel, Universidade de São Paulo e Eidgenössische Technische Hochschule Zürich.

Ao longo da história e da trajetória da transposição do conhecimento científico, avalia-se que as investigações fecundas às academias e centros de pesquisa foram repassadas para a sociedade, em resultados, de modo elitizado, ineficiente e não democrático. Durante muito tempo a principal ponte entre o conhecimento científico e a sociedade se restringiu aos livros didáticos e meios de comunicação e informação em massa que, nem sempre, utilizaram de uma linguagem de fácil compreensão pelo público sem o saber específico. Com a expansão ininterrupta das novas tecnologias digitais de comunicação, formaram-se as comunidades virtuais presentes no ciberespaço. Uma vez que para que o espaço ciber se concretize é necessário o fluxo contínuo de informações interpessoais ou entre redes produtoras de conhecimento e indivíduos da sociedade. Dessa maneira, as novas formas de interação com as informações vêm se tornando, progressivamente, mais acessíveis, sobretudo, graças ao alcance permitido pelos aparelhos portáteis conectados à internet, o que faz com que as pessoas, dentro do ambiente ciber sintam-se, gradativamente, presentes no processo de difusão do conhecimento, principalmente, científico, visto que é um dever da comunidade dos investigadores entregar o fruto dos seus trabalhos para quem o financiou, a sociedade. Contudo, o presente ensaio propõe como finalidade investigar como o processo de divulgação científica, protagonizado pelas redes sociotécnicas disponibilizadas por intermédio dos dispositivos móveis (handheld), democratiza de maneira interativa e efetiva a relação entre ciência e sociedade por via das interfaces da linguagem e recursos possibilitados pelo ambiente ciber. Ou seja, evidenciar como o contexto de cibersociedade potencializa a inserção da ciência no ambiente digital em rede e uma aproximação com a sociedade não especializada pela via da divulgação científica presente in handheld. Para tanto, considera-se como aporte teórico as discussões acerca da trajetória da definição e consolidação dos conceitos e das concepções de divulgação científica no Brasil e de como ela se configura na contemporaneidade dentro do ciberespaço. Contudo, a importância deste texto é dada pela necessidade da Ciência, como corpo formado por pesquisadores, se adaptar às novas modalidades de comunicação com a sociedade através da rede presente nos dispositivos móveis. Por dispositivos móveis se entende as tecnologias digitais que permitem a mobilidade e o acesso à internet. Estes dispositivos apresentam como características físicas serem leves devido às espessuras finas, comandos (output / input) ágeis, telas sensíveis ao toque (touchscreen), e ausência de fios (wireless) que permite mobilidade aos usuários. Essas características são potencializadas pela conectividade que permite operacionalizar recursos e aplicativos cada dia mais inteligentes e facilitadores no desempenho das atividades diárias. Dentre os dispositivos estão os smartphone, personal digital assistant (PDA), celulares, televisores portáteis, consoles portáteis, aparelhos com sistema de posicionamento global (GPS) e, pelo critério de mobilidade, notebooks e tablets.  Estes aparelhos auxiliam no uso racional ou eliminação do papel, no gerenciamento de atividades, compromissos e contatos e, com destaque nesse artigo, no processo de divulgação científica. Logo, o uso de dispositivos móveis permite que o pesquisador, como o apoio do professor, coloque a ciência na palma da mão de inúmeros jovens e adultos fora da comunidade acadêmica. Para Castells (2003, p. 98), a formação das comunidades virtuais e da sociedade de rede segue em uma dualidade. De um lado, a formação dessas comunidades baseadas na comunicação on-line estabeleceu que os “[...] novos padrões, seletivos, de relações sociais substituem as formas de interação humana territorialmente limitadas.”. Em 2003, quando ainda não se sabia que a internet tomaria a proporção atual no cotidiano, o autor vislumbrou a perspectiva de que os meios tradicionais perderiam sua hegemonia com a difusão da internet. Hoje, as pessoas aparentam preferir buscar informações e acessar os conhecimentos construídos cientificamente na web. A abrangência dos meios de comunicação em rede e a diversidade de recursos disponíveis nas redes permite maior compreensão do conhecimento acadêmico por parte de um público sem formação específica. Abarca-se, nesse sentido, uma investigação e criação de indicadores de divulgação científica a partir da abrangência dos meios de comunicação em rede e a diversidade de recursos disponibilizados nas permite maior compreensão do conhecimento acadêmico por parte de um público sem formação específica. Em face disto, o texto se estrutura, metodologicamente, em uma pesquisa de cunho exploratório, bibliográfico e de efetividade prática. Resulta-se que a cibersociedade se estrutura em renovadas bases tecnológicas e comunicacionais. A sociedade ciber, proporcionada pelos portáteis, revoluciona as formas de relações sociais, de transmissão e obtenção de informações e de perspectivas de realidade. Abre espaço significativo para a ciência, pois dirime as limitações dos meios tradicionais de veiculação dos estudos e resultados científicos e, ainda, apresenta recursos para uma eficiente divulgação científica. 

Resumo: A pandemia de COVID-19 trouxe consigo a infodemia, uma enxurrada de informações, muitas das quais falsas, descontextualizadas ou deturpadas. A desinformação e o negacionismo científico durante a pandemia promoveram uma união extremamente prolífica e eficiente entre cientistas e jornalistas na produção de conteúdos de divulgação científica. Esse trabalho tem como objetivo apresentar os resultados do projeto “Coronavírus em xeque”, uma iniciativa de combate à desinformação através de drops de áudio com duração de 3 minutos veiculados durante a programação da Rádio Universitária da UFPE (Rádio Paulo Freire AM 820). A divulgação científica se fez presente durante os cinco meses de veiculação do programa, com drops semanais focando nas peças de desinformação de maior circulação nas redes sociais, que envolveram principalmente o uso das máscaras, o tratamento com receitas caseiras e medicamentos ineficazes e perigosos, as várias tentativas de afrouxamento do isolamento social, e as vacinas.
Palavras-chave: Divulgação científica; COVID-19; Rádios Universitárias; Desinformação

Há dois problemas a serem superados no ensino de botânica na educação básica: a
negligência e o método tradicional de ensino-aprendizagem. Este trabalho utilizou uma
história em quadrinhos sobre a evolução das plantas, em uma sequência didática
pautada pela Pedagogia Histórico Crítica em duas turmas de ensino médio. O objetivo foi
verificar quais aspectos desta abordagem poderiam contribuir para a superação dos
problemas citados. A coleta de dados contou com: observação participante; um
questionário fechado e; um questionário aberto. A análise foi qualitativa, sendo que, para
o questionário aberto foi utilizada a análise de conteúdo segundo Bardin (1976). Os
resultados indicam que a HQ conseguiu estimular o interesse dos alunos para o tema
botânica favorecendo a aprendizagem, assim como a pedagogia histórico crítica
desvelou sentidos que foram além da dimensão científica do conteúdo abordado.

A apresentação mostra uma síntese dos resultados da pesquisa, cujo objetivo central é verificar se e como a Escola está enfrentando os fenômenos da pseudociência e das fake news sobre vacina e como tem preparado o estudante do Ensino Médio para a leitura crítica da mídia. Tem como corpus central a
análise de testes objetivos realizados em escolas de Campinas (SP) sobre notícias factuais e não factuais acerca das vacinas e temas correlatos que circularam na mídia tradicional e nas mídias sociais.

Síntese em vídeo da tese apresentada ao programa Multidisciplinar de Cultura e Sociedade da Universidade Federal da Bahia como requisito  para a obtenção do título de doutor.

Várias iniciativas buscam aproximar a ciência do grande público, criando uma consciência científica coletiva. Esse princípio norteador é a base da comunicação da ciência e tecnologia, que recebe diferentes denominações de acordo com a função e objetivo desejados. Considerando o aumento da produção científica no mundo e a necessidade de popularizá-la, entendemos que a cultura cientifica e, em particular, o Jornalismo Científico, têm pela frente novos desafios, especialmente tendo em vista a consolidação dos processos de comunicação nos novos ambientes. Diante disso, o artigo discute a questão das fakes news na ciência e sua divulgação, examinando o papel do Jornalismo científico e da cultura científica como ferramentas de alerta e promoção da ciência 

Este artigo apresenta as principais conclusões de uma pesquisa (PARD/UFPA/CNPq) que analisou o significativo papel da mídia no “boom” ambiental que vem se registrando nos últimos anos. O objetivo principal foi verificar, com ênfase na temática dos desmatamentos e queimadas, como se estruturou o discurso da mídia impressa sobre as questões ambientais durante o período 1975-2002, a partir de suas fontes de informação. O que se constatou foi que as matérias jornalísticas, dominantemente descritivas e factuais, privilegiaram como suas principais “fontes”, os órgãos governamentais. Já a partir do final da década de 80, passaram também a se constituir como fontes, instituições de pesquisa e ONGs. Os agricultores, fazendeiros ou madeireiros apareceram de “forma secundária” nas matérias durante o período, ora como “vilões” ora como “vítimas” do processo de desmatamento e queimadas na Amazônia. A partir da década de 90 e anos 2000, consolidaram-se como vozes legitimadas pelo discurso jornalístico para “falar” sobre a Amazônia, as fontes do campo científico e ambiental.

A COMUNICAÇÃO PUBLICA NA CULTURA CIENTÍFICA DO BRASIL E CANADÁ: ESTUDO COMPARADO ENTRE UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA E UNIVERSIDADE DE OTTAWA

Os caminhos do laboratório para a comunicação pública da ciência

Palestrante: Natalia Pasternak
Doutora em microbiologia pela USP, divulgadora científica e presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC), primeiro instituto brasileiro para a promoção de pensamento crítico e racional e de políticas públicas baseadas em evidências. Atua como professora convidada na Fundação Getúlio Vargas e na Universidade de Columbia (EUA). É colunista do jornal O Globo, da Rádio CBN, da revista The Skeptic UK, do portal Medscape, publisher da revista Questão de Ciência e autora, com Carlos Orsi, dos livros Contra a Realidade (Papirus 7 Mares, 2021) e Ciência no cotidiano (Contexto, 2020). Em 2020, tornou-se membro do Committee for Skeptical Inquiry e recebeu o prêmio internacional de promoção do ceticismo "The Ockham Award" (Navalha de Ockham) e o "Brasileiros do Ano" (revista IstoÉ), na categoria Ciência.
 

Debatedor: José Roberto Ferreira
Jornalista dedicado à divulgação científica desde 1985, é diretor da Acadêmica, primeira agência de comunicação no país com foco em C,T&I, criada em 2001. Foi presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Científico (2003-2005). É um dos organizadores de Jornalismo científico e educação para as ciências (2006), organizador, editor e autor de capítulos de Ciência para o Brasil – 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC (2019). 

Linguagens, meios e recepção em comunicação pública da ciência

COORDENAÇÃO:
Isaltina Gomes Professora titular da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde atua como docente no curso de Jornalismo e no programa de pós-graduação em Comunicação. Graduada em Letras, pela Faculdade de Filosofia do Recife, e Jornalismo, pela UFPE. Fez mestrado e doutorado em Linguística, ambos na UFPE. Trabalha com questões relacionadas à linguagem nos meios de comunicação, com interesse especial pela área de divulgação científica, em que desenvolve trabalhos acadêmicos e profissionais desde 1999. Membro do Comitê Assessor de Divulgação Científica do CNPq (2011-2017)

PARTICIPANTES:
Carlos Palma Começou no teatro em Ribeirão Preto, (SP) em 1970. Em 1982 formou-se na Escola de Arte Dramática (USP). De 1982 a 1997, profissionalmente, participou de produções dirigidas por Antônio Abujamra, Ulisses Cruz, Miriam Muniz, entre outros. Em 1998, inspirado pelo espetáculo Einstein, foi um dos criadores do projeto Arte Ciência no Palco. Desde então, como ator, cenógrafo, dramaturgo e diretor, participou de 18 espetáculos da companhia, dentre eles Copenhagen, After Darwin, Quebrando Códigos e Insubmissas. Conquistou prêmios e indicações como Mambembe, Shell e APCA.

Maria Ataide Malcher Mestre e doutora em Ciências da Comunicação pela USP. Bolsista de Produtividade em Pesquisa - Nível 2, do CNPq, na área de Divulgação Científica. Professora da Universidade Federal do Pará, lotada no Núcleo de Inovação e Tecnologias Aplicadas a Ensino e Extensão e docente permanente do programa de pós-graduação Criatividade e Inovação em Metodologias de Ensino Superior. Atua também como docente permanente do programa de pós-graduação em Divulgação da Ciência, Tecnologia e Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz.

Mônica Macedo-Rouet Professora adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Paris 8, membra do laboratório EXPERICE e ex-pesquisadora do Labjor Unicamp. Suas pesquisas tratam do papel da leitura online e da educação na formação da literacia informacional de jovens e adultos. Possui vários artigos publicados em revistas internacionais e atualmente é editora associada do Journal for the Study of Education and Development. https://experice.univ-paris13.fr/profil/monica.goncalves-macedo/, ORCID: 0000-0003-1152-5067

Áudio do case "Diversidade em Ciência", veiculado na Rádio USP. É um programa radiofônico de entrevista, de divulgação científica, voltado para as ciências das diversidades.

Vivências e experiencias

Nas sessões de cases serão narradas Vivências e Experiências exitosas da divulgação científica brasileira. Teremos um painel da diversidade de formas e conteúdos com que se leva a informação da ciência para o público leigo. Os cases serão apresentados em vídeos de até dez minutos. Coordenação de Cases: Fabíola de Oliveira (INPE).


Agência Bori – São Paulo, SP - 17:00

Ecoa Maloca – Campinas, SP (Labjor/Unicamp) - 17:00

Espaço-Tempo – Rio de Janeiro, RJ (Observatório do Valongo)

Blog sobre astronomia que mostra o dia-a-dia dos astrônomos, como as descobertas são feitas e a importância da astronomia nacional.

A Intercom, institucionalizou, em 1991, o Grupo de Trabalho (GT) Pesquisa em Jornalismo Científico. No período entre 1991 a 2000, o GT teve três coordenadores: nos três primeiros anos, a coordenação esteve a cargo do professor Manuel Carlos Chaparro, da ECA-USP. Em 1995, Chaparro passou a coordenação à jornalista Fabíola de Oliveira, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). De 1996 a 2000, a função foi assumida pela professora Isaltina Mello Gomes, da UFPE.  De 2001 a 2006, o grupo esteve sob a coordenação da profa. Maria das Graças Targino da UFPI. Os anos 2007 e 2008 teve como coordenador do NP o professor do Mackenzie José Carlos Marques (Unesp).  De 2009 a 2012, o GP foi coordenado por Isaltina Mello Gomes (UFPE) e Luciana Miranda Costa (UFPA) em 2011-2012. Entre 2013 e 2016, o GP ficou sob a coordenação de Luciana Miranda Costa (UFPA) e Ricardo Alexino (USP). No período de 2017 a 2020, a coordenação do grupo ficou sob responsabilidade de Kátia Lerner, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Arquimedes Pessoni, da USCS. Em 2020, Pessoni assume a liderança do GP e Katarini Giroldo Miguel, da UFMS, é eleita como vice-coordenadora.

RedComCiência - 17:00

O livro de divulgação científica no ensino de ciências

Palestrante: Guilherme da Silva Lima
Graduado em Física e mestre em Educação Unesp; doutor em Educação pela USP, é professor da Universidade Federal de Ouro Preto. Membro do Laboratório de Pesquisa em Ensino de Química e Tecnologias Educativas (LAPEQ). Possui. Tem experiência na docência em ensino superior e ensino médio e pesquisa nas áreas de divulgação científica e educação científica, atuando principalmente nos seguintes temas: divulgação científica, cinema e ensino de ciências, interação verbal, dialogia, ensino de física e ensino de ciências. Seus referencias teóricos dialogam com a perspectiva histórico-cultural.

 

 

Debatedor: Marcelo Giordan
Bacharel e mestre em Química, doutor em Ciências pela Unicamp e pós-doutorado no Centre for Language and Communication da Faculty of Education and Language Studies da Open University (UK). Professor titular da Faculdade de Educação da USP, onde coordena quatro linhas de pesquisa, destacando-se "Comunicação e cultura científica na sala de aula". 

Divulgação científica na pandemia: aprendizado e legado – Jornalismo

Sabine Righetti Pesquisadora e professora do Labjor-Unicamp, onde trabalha academicamente com comunicação de ciência, jornalismo científico, percepção pública da ciência e da tecnologia, avaliação e indicadores de ciência e de ensino superior. Jornalista especializada em ciência e em educação, trabalhou de 2010 a 2015 cobrindo a área na Folha de S. Paulo, jornal para o qual colabora. Recebeu seis prêmios de jornalismo. É também coordenadora acadêmica do Ranking Universitário Folha (RUF), Knight Fellow (Universidade de Michigan, 2012), Eisenhower Fellow (2014) e Lemann Fellow (Stanford, 2017) e grantee de divulgação científica do Instituto Serrapilheira. Coordena a Agência Bori, projeto de disseminação da ciência nacional à imprensa do país lançado em 2020.





PARTICIPANTES:

Cláudia Collucci

Letícia Vidica

Mariana Varella

Mílton Jung 

Nos últimos anos, estudos científicos no âmbito internacional têm apresentado evidências que associam o aumento da frequência dos eventos extremos às mudanças climáticas, resultando em desastres cada vez mais constantes e intensos em todo o mundo. Nesse contexto, ações, programas e estratégias voltadas à redução de riscos de desastres (RRD) são fundamentais para minimizar os danos humanos e materiais provocados por esses fenômenos. Nesse sentido, este mini-curso tem o objetivo de reforçar o papel da divulgação científica no entendimento da dimensão social das mudanças climáticas, como o aumento dos deslocamentos internos por desastres, que superam as estatísticas da migração forçada por guerras e conflitos. Esse objetivo se complementa com a identificação das potencialidades da comunicação de riscos para a construção de resiliência e adaptação da sociedade aos riscos e à crise climática.

Cobertura da Covid-19: novos desafios

Discutir a cobertura na mídia e redes sociais sobre a Covid-19, considerando erros, acertos e desafios. Abordar a percepção da população sobre os cuidados e responsabilidade social para o enfrentamento da pandemia. Fornecer elementos científicos que permitam uma divulgação mais competente sobre novas terapêuticas, fármacos, desenvolvimento da doença, sequelas, políticas públicas e limites do setor de saúde, além de análise adequada dos indicadores estatísticos da área.

Minicurso ("Etnomidialogia: divulgação cientifica na cobertura das diversidades étnico-sociais e direitos humanos"), ministrado por Ricardo Alexino Ferreira, professor associado (livre-docente) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP) e professor do Programa de Pós-graduação Hunanidades, Direitos e outras Legitimidades da USP. O minicurso aborda a divulgação científica voltada para as diversidades e direitos humanos.

MINICURSO: Jornalismo de dados

Entender como dados são tratados e analisados a partir de noções de estatística deve ter importância fundamental no papel dos comunicadores em geral para organizar e transmitir para a sociedade informações consistentes. Oferecer noções básicas desta área é essencial para identificar e saber explorar bases de dados.

Será focado em ampliar o conhecimento sobre vacinas para que possamos entender
melhor aspectos relevantes deste hot topic. Abordaremos de maneira ampla o que
compõe as vacinas e como interagem com o sistema imunológico. Serão explicados
alguns conceitos importantes que estão sendo muito discutidos na mídia, como
anticorpos, memória imunológica, resposta celular etc. Com estes conhecimentos em
mãos, poderemos compreender melhor as diferenças inerentes de cada estratégia
vacinal para que possamos transitar com mais clareza em um mundo onde vacinas de
mRNA e inativadas são discutidas até em eventos sociais. Por fim, vamos discutir
temas relevantes para o mundo de hoje que vão além da Covid-19, como o impacto da
queda na vacinação contra sarampo e mitos que fomentam o movimento antivacinas.

Professores: Luis Carlos de Souza Ferreira e Marianna T.P. Fávaro, respectivamente
coordenador e pesquisadora no Laboratório de Desenvolvimento de Vacinas do Instituto de
Ciências Biomédicas da USP.

Entender os meandros da política científica brasileira e internacional é fundamental para uma divulgação científica que não se limite aos resultados da produção científica e suas aplicações. Discutir o papel da C,T&I no desenvolvimento social e econômico, entendendo sua responsabilidade, seus limites e possibilidades. Conhecer o marco legal, as fontes e os bancos de dados sobre financiamento e rankings internacionais.
Professora: Francilene Garcia, diretoria-secretária da SBPC e ex-presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec)

Entender os meandros da política científica brasileira e internacional é fundamental para uma divulgação científica que não se limite aos resultados da produção científica e suas aplicações. Discutir o papel da C,T&I no desenvolvimento social e econômico, entendendo sua responsabilidade, seus limites e possibilidades. Conhecer o marco legal, as fontes e os bancos de dados sobre financiamento e rankings internacionais.
Professora: Francilene Garcia, diretoria-secretária da SBPC e ex-presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec)

Wanda Jorge (1956-2016)

Jornalista especializada em jornalismo científico, trabalhou em jornais e emissoras de rádio e de TV, em São Paulo e Campinas. Foi professora de Jornalismo na PUC-Campinas e na Metrocamp. Seu último trabalho foi no Labjor, de 2002 a 2016, como Editora da revista Ciência e Culturta, da SBPC. 

Estado da arte e desafios na formação e na pesquisa em DC

Palestrante: Graça Caldas

Jornalista de ciência e pesquisadora do Labjor-Unicamp. Coordena o Grupo de Pesquisa Comunicação, Educação, Ciência e Sociedade. Integra o Conselho Editorial do Jornal da Ciência da SBPC. Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP e pós-doutora em Política Científica pelo IG-Unicamp. Atuou no programa de pós-graduação em Comunicação da Umesp, onde coordenou o curso de jornalismo e dirigiu a Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas. Foi professora da PUC-Campinas e PUC-SP, e diretora acadêmica da Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC).

Debatedor: Cidoval Morais de Sousa
Bacharel em Comunicação Social pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB, 1995), doutor em Geociências pela Unicamp (2005) e professor efetivo da UEPB, vinculado ao Programas de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional. Publicou/organizou vários livros temáticos e artigos em periódicos nacionais e estrangeiros. Tem experiência na área de comunicação midiática, direção de editoras universitária, edição científica e roteirização de documentários científicos e históricos. 

José Marques de Melo (1943-2018)

Primeiro doutor em jornalismo titulado por uma universidade brasileira, a ECA-USP  -- onde criou o Departamento de Jornalismo e Editoração. A convite da Unicamp, ajudou a fundar o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor Unicamp). 

Isaac Epstein (1926-2018)

Engenheiro civil, mestre em Filosofia e doutor em Comunicação. Membro da Cátedra Unesco/Metodista. Coordenou a área de concentração “Comunicação Científica da Saúde”. Idealizador e responsável pelas Conferências Brasileiras de Comunicação e Saúde (COMSAÚDE). Professor da FAAP e UMESP

Desinformação em relação à Covid: como se espalha, quem cria, quem propaga.
Dayane Machado – DPCT/IG/Unicamp

Refletimos sobre o atual estado da divulgação científica na Internet, com base na pesquisa teórica e em sua aplicação prática, assim como traçamos as linhas de ação a adotar em seu futuro e tendo como premissa um levantamento realizado há quinze anos atrás sobre o mesmo tema. Partimos de uma releitura dos objetivos da divulgação científica, passando por uma convergência disciplinar entre a comunicação e a educação científica. Com a concepção de produtos divulgativos no meio digital que constituam experiências únicas, com uma identidade própria, frente à mera transposição de outros formatos, particularmente refletimos como o fortalecimento da cultura digital, as redes sociais e a plataformização da Internet moldaram este desenvolvimento e quais as repercussões para as formas de colaboração, para a convergência dos distintos níveis da informação científica em um cenário marcado pelo acesso livre à produção e consumo da informação. Como consequência, para a institucionalização da divulgação científica neste “terceiro entorno” as questões sociotécnicas e a as mudanças sistêmicas e culturais permanecem como principais desafios

A divulgação científica como campo de pesquisa: as redes de autores no Brasil e na França em teses de doutorado.
Azevedo, José - Universidade do Porto; Mello Gomes, Isaltina - Universidade Federal de Pernambuco; Neiva Santos, Ivone - Universidade do Porto; André, Daniel - Universidade Nova de Lisboa.

Nosso estudo de caso situa a comunicação científica dentro da interação da doença COVID-19, pesquisas científicas sobre a doença, declarações públicas de autoridades relevantes, mensagens na mídia, ações políticas e opinião pública. Ao estudar essas interações no contexto brasileiro, aumentamos a compreensão da complexidade da comunicação científica ao estudar um contexto raramente disponível para a comunidade de pesquisa de língua inglesa. Metodologicamente, identificamos momentos-chave no Brasil durante a pandemia usando ferramentas como o Google Trends e análise de conteúdo de contas de influenciadores no Twitter e Instagram e jornais digitais. Esses episódios são então explorados como estudos de caso, usando análises de conteúdo quantitativas e qualitativas de mensagens para identificar quadros de ênfase de mensagens e agendas políticas. Os resultados apresentam questões raramente exploradas em pesquisas anteriores de comunicação científica, especialmente aquelas associadas ao nacionalismo e populismo político e às desigualdades nacionais de privilégio, renda e confiança.

A divulgação científica consiste no retorno dos resultados das pesquisas à população e
faz parte do dever social dos cientistas e instituições de pesquisa. O ato de divulgar a
ciência deve ser feito preferêncialmente em linguagem acessível e de fácil acesso, tendo
em vista que o conhecimento produzido é patrimônio de todos. O presente artigo versa
sobre a experiência do periódico científico Ciência Rural, com sede na Universidade
Federal de Santa Maria (UFSM), em reinventar suas estratégias de divulgação científica
em meio a pandemia do coronavírus e do novo formato home office. Trazendo autores
como Bueno (2010), Lage (2003) e Thomas e Shanw (2019), o artigo demonstra as
possibilidades que os formatos radiofônicos online, mais especifidamente os podcasts.

A pandemia do COVID-19 trouxe inúmeros desafios a diversos setores da sociedade, inclusive os educacionais, que tiveram que se reinventar e ampliar suas plataformas de alcance para atingir um público que antes ocupava espaços físicos e agora demanda por espaços virtuais. Pretendo relatar a experiência da divulgação científica na construção de ações educativas que integraram duas exposições virtuais realizadas pelo Núcleo de Ofiologia e Animais Peçonhentos da Bahia da Universidade Federal da Bahia (NOAP/UFBA), utilizando-se do método educomunicativo em diálogo permanente com Educação Científica Intercultural e Educação Museal Online. O NOAP/UFBA é um laboratório de pesquisas e um Museu de Ciências Universitário Itinerante, e se lançou ao desafio de realizar virtualmente duas Exposições Online Educativas, “Ibioca - a Casa da Terra” (2020) e “Cobrinhas Criadas – Infância, Trabalho Infantil e Acidentes por Animais Peçonhentos (2021). Essas ações educativas, cujo objetivo foi comunicar sobre os Animais Peçonhentos, foi composta por materiais produzidos em parceria com estagiários do NOAP/UFBA e estudantes de dois componentes curriculares ofertados no Semestre Letivo Remoto da UFBA, em 2020 e 2021: BIOC07 - Educação Museal: Práticas e Experiências e BIOC07 - Serpentes e Ofidismo em Países Megabiodiversos. As páginas oficiais do NOAP no Instagram (@noapufba), no Facebook (noap30anos), Youtube (https://www.youtube.com/channel/UC25sh6_mhD_qUS4Wmb0KbDw/channels) e Podcast (BIT.LY/LINGUADECOBRA) sediaram a realização das atividades direcionadas ao seu grande público. Foram divulgadas atividades virtuais adaptadas das ferramentas educativas da “Rede de Zoologia Interativa (REDEZOO)”, tradicionalmente utilizadas nas exposições em espaços presenciais, sendo elas, Zooteca (jogos), Zooamigos (histórias em quadrinhos), Zoologia Viva (animais vivos) e REDEZOO em Cena (vídeos). A Programação das Exposições Virtuais contou com vídeos da REDEZOO em Cena Virtual com sobre o trabalho presencial do NOAP/UFBA durante a Pandemia e vídeos animados de histórias do livro Zooamigos; Lives para Zoologia Viva Virtual; Jogos para a Zooteca Virtual e Episódios do Podcast “Língua de Cobra”. Muitos são os desafios de se educar sobre animais peçonhentos para salvar vidas, agora somados às dificuldades na produção atividades construídas para o ecossistema virtual, pois foi necessário estabelecer uma rede colaborativa e cooperativa entre Professores(as) Colaboradores(as), Estagiários(as) e Estudantes, que repensaram as ferramentas educativas para uma linguagem digital, capaz de engajar o público e atingir os objetivos comum. Acreditamos que esses novos desafios contribuíram positivamente para a formação profissional dos estudantes participantes, permitindo a capacitação e desenvolvimento de novas habilidades na construção de espaços virtuais sobre divulgação da ciência. Além disso, foi possível estabelecer um diálogo possível entre a Educação Científica Intercultural, a Educomunicação e a Educação Museal na produção e análise da teia de relações didáticas entre os mediadores, o público e os animais peçonhentos.

 

Palavras-chave: Animais Peçonhentos; Educação Científica Intercultural; Educomunicação; Educação Museal.

 Manaus, capital do Amazonas, foi um dos principais epicentros da pandemia do Covid19, no País, sendo alvo de repercussão na mídia em razão do cenário trágico de caos no sistema de saúde pública e sistema funerário. Assim, o objetivo deste estudo é analisar como ocorreram as dinâmicas do jornalismo científico na cobertura sobre o Covid-19 no Portal A Crítica, um dos principais atuantes no Estado, em março e setembro de 2020. A pesquisa de cunho exploratório e descritivo ocorreu por meio de uma análise qualiquantitativa de notícias com recursos da Análise de Conteúdo. Os resultados deste estudo contribuem para uma reflexão sobre a cobertura e pratica do jornalismo científico na internet em tempos de pandemia 

Este artigo apresenta uma compilação com alguns dos principais autores que se debruçaram sobre o jornalismo ambiental, especialmente na última década. Partimos da ótica e da experiência de outros países para percebermos as transformações que esse campo de conhecimento vem passando no contexto internacional. O objetivo é refletir sobre os desafios enfrentados pelos profissionais da área, as interfaces do jornalismo ambiental com outros campos, como os da economia e da política, assim como sobre suas características no contexto atual. 

Vídeo com uma breve apresentação dos resultados de pesquisas sobre os debates públicos em redes sociais antes e depois a emergência da COVID-19.

Confiança, atitudes, informação: um estudo sobre a percepção da pandemia de COVID-19 em 12 cidades brasileiras. Yurij Castelfranchi (UFMG), Luisa Massarani (INCT-CPCT/Fiocruz-Rj), Ione Maria Mendes (USP), Vanessa Fagundes (UFMG), Carmelo Polino (Universidad de Oviedo) e Bertha Maakaroun (UERJ).

Centros e museus de ciência: divulgação e educação científica

Palestrante: Douglas Falcão Silva
Presidente Associação de Centros de Museus de Ciência (ABCMC), é licenciado em Física pela UERJ (1987), mestrado em Educação pela UFRJ (1999) e doutorado em Educação pela University of Reading (2006). Tecnologista sênior do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ocupou o cargo de Coordenador de Educação em Ciências do Museu de Astronomia e Ciências Afins no período de 2006 a 2013. Foi diretor do Departamento de Popularização e Difusão de Ciência e Tecnologia do MCTI. Tem experiência na área de Educação em Ciências, principalmente em aprendizagem em museus de C&T, inclusão social e C&T e avaliação de recursos educacionais em museus de C&T.

Debatedora: Elisa Oswaldo Cruz Marinho
Gerente de Comunicação da Academia Brasileira de Ciências (ABC), desde 2006, é bacharel em Comunicação Visual (1982) e licenciada em Artes Plásticas (1983), ambas pela PUC-Rio. Fez especializações em jornalismo científico (Labjor-Unicamp, 2007-2008) e em Arteterapia (Fahupe, 1997), e doutorado em Educação, Difusão e Gestão em Biociências pela UFRJ. Roteirizou e dirigiu vídeos institucionais para o Museu Paraense Emílio Goeldi e o Observatório Nacional, por meio de parceria ABC-CNPq.

Caminhos para fortalecer a divulgação da ciência nas redes sociais

COORDENAÇÃO: 

Germana Barata é jornalista de ciência, pesquisadora do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordena o curso de especialização em jornalismo científico da Unicamp. É bolsista Produtividade CNPq para a área de Divulgação Científica, membro da Diretoria da Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC) e do comitê científico da Rede Internacional Public Communication of Science and Technology (PCST).

PARTICIPANTES:

Adriana Cabanelas (Ela/Ele/Elu/Ile/She/He/They) é graduade em Ciencias Biológicas, Mestre e Doutore em Fisiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente é pesquisadore visitante na SESI Firjan na linha de pesquisa COVID-19. Divulgadore científique no Podcast @Microbiando.e no twitter @Dri_Cabanelas e membre do projeto Diversinect, um website para divulgação de cientistas que ocupem grupos sub-representados.

Ana de Medeiros Arnt é bióloga, mestre e doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), atualmente é professora do Instituto de Biologia da Unicamp e coordena o projeto de Divulgação Científica Blogs de Ciência da Unicamp e o Especial COVID-19, junto à Força Tarefa COVID-19 da Unicamp. Pesquisa, principalmente, nas áreas de Educação, Cultura e Divulgação Científicas.

Anderson Brito é biólogo pela Universidade de Brasília (UnB), mestre em Microbiologia pela Universidade de São Paulo (USP), doutor em Biologia Computacional pelo Imperial College London (Reino Unido), com pós-doutorado na Escola de Saúde Pública da Yale University (EUA).

Hugo Fernandes-Ferreira é biólogo, divulgador de ciência e professor da Universidade Estadual do Ceará (UFC). Atua no Laboratório de Conservação de Vertebrados Terrestres (converte) e no Núcleo de Divulgação Científica (Ciente). É colunista da Jangadeiro Band News, diretor da ScienceVlogs Brasil e colaborador do Observatório Covid-19.

 Este vídeo tem como objetivo mostrar a experiência exitosa da Agência de Notícias em CT&I - Ciência e Cultura, da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (FACOM/UFBA), como formadora de jovens repórteres para atuação no Jornalismo Científico, desde 2011. 
Com o objetivo de popularizar a divulgação da ciência em nossa região e em nosso estado, a Agência Ciência e Cultura, usa uma linguagem acessível para aproximar a ciência da comunidade, além de trazer a comunidade para dentro da universidade através da troca, com o desenvolvimento de campanhas e ações nas escolas e nas comunidades.   

Resumo: A desinformação envolvendo a pandemia de COVID-19 inundou as redes sociais, sobretudo nos grupos de WhatsApp. Nada mais eficaz do que utilizar o mesmo meio de comunicação para combatê-la. Esse trabalho tem como objetivo apresentar os resultados do projeto “Manda no Zap!”, uma iniciativa para difundir os conteúdos de divulgação científica já veiculados na Rádio Universitária da UFPE (Rádio Paulo Freire AM 820) em uma linguagem mais popular e acessível, e assim alcançar comunidades e espaços periféricos. Os spots de áudio com duração de 1 minuto são veiculados através de compartilhamento via WhatsApp e também nas bicicletas com caixas de som que difundem anúncios pelas ruas da cidade do Recife - PE. Entendemos que a divulgação científica através das mídias sonoras não deve se limitar ao rádio ou aos podcasts, e sim ocupar todos os espaços possíveis de comunicação.
Palavras-chave: Divulgação científica; COVID-19; WhatsApp; Espaços Periféricos; Popularização da ciência

Relato sobre a criação do Portal Nossa Ciência que divulga a ciência, tecnologia e inovação produzidas na região Nordeste.

Informações sobre este conteúdo
Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (SoU_Ciência)
Iniciado há 3 meses, está sediado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), sob
a coordenação de Soraya Smaili, reitora da Unifesp no período 2013-2021. É formado
por pesquisadores de 10 universidades que se dedicam a produzir dados e indicadores
relativos à Educação Superior, à Ciência e seus financiamentos, bem como a percepção
pública da ciência, a divulgação científica e o combate à desinformação. O diferencial
do SoU_Ciência é que realiza estudos e divulga a ciência e a educação superior em
diálogo permanente com a sociedade.

O vídeo fala sobre nosso trabalho no Blogs de Ciência da Unicamp, como nosso grupo vem trabalhando na pandemia e a como foi a entrada do Science Blogs Brasil no nosso projeto

Oxigênio é um podcast de ciência, cultura e tecnologia do Labjor – Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, da Unicamp. Criado em 2015, é produzido por alunos do curso de Especialização em Jornalismo Científico e do Programa de Mestrado em Divulgação Científica e Cultural e conta com alguns colaboradores externos e a parceria com a Rádio Unicamp. Tem site próprio e está presente nas plataformas de streaming e nas principais redes sociais. Com periodicidade quinzenal, pode alterar o fluxo de produção dependendo das propostas dos alunos ou vinculação com algum evento. Em 2016 e 2017, por exemplo, a participação na Semana Nacional de C&T viabilizou a produção de entrevistas diárias. Os episódios são temáticos, apresentados em um único programa ou em séries. A equipe, interdisciplinar, busca tratar de temas bastante variados, buscando equilíbrio entre todas as áreas do conhecimento. De setembro de 2020 a setembro de 2021 foram feitos mais de 16 mil downloads (sem contar a audiência via Spotify), de episódios recentes e antigos. 

Ciências Humanas e divulgação científica

Palestrante: Renato Janine Ribeiro
Atual presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), é graduado em Filosofia pela USP (1971), mestre pela Université de Paris-I, Panthéon-Sorbonne (1973) e doutor, sempre em Filosofia, pela USP (1984). Desde 1994 é professor titular de Ética e Filosofia Política na USP. Foi professor visitante na University of Columbia (2003-4) e na Universidade Federal de São Paulo – Unifesp (2018-2020). Publicou 14 livros como autor único. Dentre outros, recebeu o prêmio Jabuti de melhor ensaio (2001), a Ordem Nacional do Mérito Científico (1997) e a Grande Medalha da Inconfidência (2018). Presidiu o I Congreso de Estudiosos de Brasil en Europa, em Salamanca (2008). Concebeu duas séries de programas de televisão sobre Ética, na TV Futura, depois apresentadas na TV Globo. 
 

Debatedor: José Roberto Ferreira 
Jornalista dedicado à divulgação científica desde 1985, é diretor da Acadêmica, primeira agência de comunicação no país com foco em C,T&I, criada em 2001. Foi presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Científico (2003-2005). É um dos organizadores de Jornalismo científico e educação para as ciências (2006), organizador, editor e autor de capítulos de Ciência para o Brasil – 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC (2019). 

Divulgação científica na pandemia: fatos, versões e desinformação

COORDENAÇÃO:
Simone Pallone de Figueiredo Jornalista pela PUC de Campinas, mestre e doutora em política científica e tecnológica e especialista em jornalismo científico pela Unicamp. Atuou em órgãos de imprensa até ingressar na carreira acadêmica, em 2003, como pesquisadora do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp. Tem como principais linhas de pesquisa comunicação e percepção de ciência e tecnologia e estudos sociais da ciência e tecnologia. É professora nos cursos de especialização em Jornalismo Científico e de mestrado em Divulgação Científica e Cultural. Desde 2015 coordena o podcast Oxigênio (www.oxigenio.comciencia.br).

PARTICIPANTES:
Marco Túlio Pires Líder do Google News Lab para o Brasil desde 2017. Foi gerente de programa da Escola de Dados, uma rede global de organizações e instrutores que ajuda jornalistas e ONGs a usar dados com o máximo impacto. Cofundou em 2015 a primeira agência de jornalismo de dados do Brasil, jornalismo++. Trabalhou como coordenador de produção na TV Globo, como repórter de ciência na Veja e como diretor de Inovação na Secretaria de Desenvolvimento Social do governo de SP. Bacharel em jornalismo pela UFMG, estudou também Engenharia Elétrica na PUC Minas Gerais, Ciência da Computação, Gerenciamento de Impacto Social e Visualização da Informação na Universidade de Michigan e na Universidade de Georgetown. 

Priscila Muniz de Medeiros Professora adjunta do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Alagoas e membro do programa de pós-graduação em Ciência da Informação da mesma instituição. Doutora pelo programa de pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, com período sanduiche na Université Paris IV (Sorbonne), onde estudou análise de discurso. Jornalista, trabalhou como repórter multimídia do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação (Recife-PE). Está realizando estágio pós-doutoral junto ao Netlab da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Seus principais focos de pesquisa são comunicação ambiental, análise de discurso, comunicação digital e desinformação. 

Sérgio Lüdtke Jornalista formado pela PUC-RS com Master em gestão de empresas jornalísticas pelo Instituto Internacional de Ciências Sociais e MBA em marketing digital pela Fundação Getúlio Vargas. Foi editor de livros, editor-executivo de Internet e Inovação no Grupo RBS e editor de plataformas digitais na Editora Globo. Como pesquisador, tem estudado os novos empreendimentos em jornalismo digital no Brasil e coordena a equipe de pesquisadores do Atlas da Notícia. Dirige Interatores.com, consultoria em mídia digital. É editor-chefe do Projeto Comprova e coordenador de cursos da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Taís Gasparian Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito (1983) e graduada em Letras (1981) pela Faculdade de Letras, Filosofia e Ciências Humanas, ambas da Universidade de São Paulo. Mestre em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (1989) e Expert em Freedom of Expression pela Universidade de Columbia. É membro da Associação Brasileira de Direito Autoral (ABDA). Desde 1990 é sócia do escritório de advocacia Rodrigues Barbosa, Mac Dowell de Figueiredo, Gasparian - Advogados, onde atua na advocacia contenciosa e consultiva, especialmente nas áreas de responsabilidade civil, imprensa, internet e direitos autorais.