Congresso Online de Ginecologia e Obstetrícia

Abertura Oficial às 08 horas
Coordenação: Alberto Carlos Moreno Zaconeta (DF)

Coordenação: Leandro Santos de Araújo Resende (DF)

Presidente: Vinicius Medina Lopes (DF) 
Conferencista: Agnaldo Lopes da Silva Filho (MG)

Coordenação: Alberto Carlos Moreno Zaconeta (DF)

Presidente: Cecília Vianna (DF) 
Conferencista: Antônio Geraldo (DF)

Coordenação: Isabella Paolilo Calazans (DF)

Coordenação: Thiago Theodoro (SP) 
Palestrantes: Eliano Pellini (SP) - Jairo Bauer (SC) - Thiago Theodoro (SP)

 Coordenação: Walquiria Quida Salles Pereira Primo (DF) 

Coordenação: Silândia Amaral (DF)

 Walquiria Quida Salles Pereira Primo (DF) 

Trata-se da apresentação de um estudo que busca avaliar o uso do DIU de cobre como um método de contracepção rápido, segura e de longa duração, no momento imediato ao parto vaginal e cesáreo, e pós-aborto, em uma maternidade de referência do Norte do Brasil.

Presidente: Adelino Amaral Silva (DF) 
Conferencista: Buenaventura Coroleu (Espanha)

Presidente: Evaldo Trajano (DF) Conferencista: Fabrício Costa (Austrália)

Presidente: Jader Cruz (Portugal)
Conferencista: Ahmet Baschat (USA)

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Presidente: Jader Cruz (Portugal)
Conferencista: Ahmet Baschat (USA)]

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Coordenação: Vinicius Medina Lopes (DF)

A obesidade e o sobrepeso alcançam proporções epidêmicas alarmantes nos países ocidentais, acarretando efeitos negativos na saúde reprodutiva. No Brasil, estima-se que 47,4% das mulheres sofrem com sobrepeso ou obesidade. Muitos estudos têm documentado claramente que as mulheres com excesso de peso apresentam menores taxas de nascidos vivos do que as mulheres com peso normal submetidas à reprodução assistida.  No entanto, não está claro quais os estágios específicos do tratamento são afetados pelo excesso de peso corporal. Em virtude da importância do índice de massa corporal (IMC) sobre o perfil hormonal das mulheres, este estudo teve como objetivo avaliar a influência do sobrepeso sobre os resultados da fertilização in vitro/ injeção intracitoplasmática de espermatozoides (FIV/ICSI) em mulheres que foram submetidas à terapia de reprodução assistida (TRA) de alta complexidade no Serviço de Reprodução Humana do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). Trata-se de um estudo coorte retrospectivo que incluiu 646 ciclos de FIV/ICSI de 454 mulheres. As pacientes foram divididas em dois grupos de acordo com o IMC: peso normal (18,5 ≥ IMC <25 kg/m2) e sobrepeso (IMC ≥25 a 29,9 kg/m2). Os dados foram coletados por meio de análise de prontuários incluindo o período de janeiro de 2008 a dezembro de 2015. As variáveis estudadas foram: idade, IMC, fator de infertilidade, protocolo de indução, dose e duração de uso das gonadotrofinas, contagem de folículos antrais, dosagem do FSH no terceiro dia, número de oocistos maduros e captados, número de embriões de boa qualidade, número de embriões transferidos, número de gravidez química, clínica e nascidos vivos. Na avaliação da indução da ovulação, não houve diferença estatística significante entre os grupos quanto a taxa de cancelamento e duração da estimulação (p=0,70 e p=0,25) respectivamente; porém houve diferença estatística significante em relação à dose de gonadotrofina utilizada, sendo maior no grupo com sobrepeso (p=0,03). Quanto aos resultados do laboratório, o número de oócitos captados por ciclo foi semelhante entre os grupos (p=0,26), bem como o número de embriões de boa qualidade (p=0,29); entretanto a quantidade de oócitos MII foi maior no grupo de peso normal (p=0,04). A taxa de gravidez clínica por transferência embrionária foi de 30,3% no grupo com peso normal e 25,8% no grupo com sobrepeso/obesidade (p=0,30). A taxa de nascidos vivos no grupo com peso normal foi de 19,7% e no grupo sobrepeso foi de 16,0% (p= 0,32). A taxa de abortamento foi de 15,2% no grupo com peso normal e de 19,3% no grupo com sobrepeso (p=0,56). A taxa de gestação múltipla foi de 22,8% no grupo com peso normal e de 8% no grupo com sobrepeso (p=0,01). Concluímos que o sobrepeso está associado a menor número de oócitos MII, maior dose total de gonadotrofinas e menor taxa de gestação múltipla em mulheres submetidas à TRA. Entretanto, os resultados não são suficientes para restringir o acesso de mulheres com sobrepeso à TRA. Por outro lado, para maximizar os resultados, recomendamos um serviço multidisciplinar para acompanhamento e aconselhamento de estilo de vida saudável antes, durante e após a TRA. 

 

PALAVRAS-CHAVE: Infertilidade. Sobrepeso. Fertilização in vitro.