SEMIDEC

O objetivo da mesa é discutir a atuação, in loco, de museus sobre as estratégias utilizadas durante a pandemia; sobre a radicalização dos usos das tecnologias de informação, aprendizagens e reflexões. Serão considerados, para um debate mais abrangente, os resultados da pesquisa realizada pelo ICOM-BR "Dados para navegar em meio a incertezas".

Inicio: 9h (Horário de Cuiabá) 10h (Horário de Brasília)
Término: 11h (Horário de cuiabá)  12h (Horário de Brasília)

CONVIDADOS:

Paulo Otavio Laia 

Museólogo pela Universidade Federal de Ouro Preto – UFOP; possui formação complementar em Antropologia Social pela Universidad de Quintana Roo, Chetumal – México e Pós-Graduação lato sensu em Gestão e Políticas Culturais pela Cátedra da UNESCO de Políticas e Cooperação da Universitat de Girona (Espanha) e o Instituto Itaú Cultural. Atualmente é articulador da Rede de Museus e Acervos Arqueológicos e Etnográficos - REMAAE (Gestão 2020-2022) e coordenador museológico do Museu do Oratório, em Ouro Preto – MG.

A apresentação discorre sobre o Projeto de Valorização das Manifestações Culturais, desenvolvido pelo Museu do Oratório - Ouro Preto - MG, bem como sua revisão e adaptação ao contexto pandêmico, que direcionou a programação educativa do museu para a produção do Ciclo de Oficinas Virtuais: A Festa do Sagrado na Religiosidade Popular.

Museólogo pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e especialista em Educação Patrimonial pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES), atua na interface entre museus e educação. Foi educador social e mediador cultural. No Programa CCBB Educativo - Arte & Educação, executado pelo JA.CA - Centro de Arte e Tecnologia, desde 2018, foi educador e posteriormente produtor local. Desde janeiro de 2020 assume a coordenação pedagógica do Programa em São Paulo desenvolvendo formação e gerenciamento da equipe de educadores.

O setor cultural e o museológico, especificamente, enfrenta a algum tempo desafios e rupturas. Mas, o contexto pandêmico que assola o país desde o início de 2020 tornou o cenário, que era desafiador, em algo inviável - pelo menos ao que concerne às práticas então realizadas pelas instituições. Diante disso, a reinvenção das atividades e reformulação das vivências - saindo de um eixo presencial e migrando para o online - tornou-se a tônica de setores educativos no Brasil e no mundo. 
O Programa CCBB Educativo - Arte & Educação se insere no contexto e teve que se adaptar para seguir praticando suas ações. Assim, surge o projeto CCBB Educativo em Casa, com adequação da programação e das atividades. 

Graduada em História e pós-graduada em Gestão do Patrimônio Histórico pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atuando como pesquisadora e educadora em instituições museais há 13 anos, exerce a função de coordenação do setor Educativo do MM Gerdau  Museu das Minas e do Metal,  desde 2010.

Comunicação: Educação Museal na Pandemia: relato de experiências e algumas reflexões.
Com a necessidade de distanciamento social frente à pandemia do coronavírus, museus de todo o mundo foram desafiados a repensar seus cotidianos. O mundo virtual, que por nós do Educativo do MM Gerdau Museu das Minas e do Metal vinha sendo timidamente explorado, configurou-se como o caminho mais viável para darmos continuidade às ações educativas desenvolvidas pelo setor.  Com o fechamento repentino das portas do Museu para o seu público, o Educativo viu-se diante do desafio de abrir janelas que também oportunizassem diálogos, trocas, conexões e colaborações, mesmo que à distância.

Término 16h00m (Cuiabá) 17h00m(Brasília)

CONVIDADOS

Carla Grião   

Descrição da fotografia de perfil enviada pela palestrante: Carla tem pele branca, cabelos pretos lisos com franja e olhos castanhos. Usa um blazer azul escuro e um cachecol cinza claro e escuro. Sorri. Atrás, há morros esverdeados e o céu azul com nuvens.  

Museóloga - Professora do Curso Técnico de Museologia na ETEC Parque de Juventude Mestranda em Culturas e Identidades Brasileiras pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo Bacharela em Museologia pela Universidade Federal de Ouro Preto.

Comunicação: Práticas inclusivas de educação museal e atuações antes e durante a pandemia de Covid-19

Lara Souto Santana 

Possui graduação em Letras Tradutor e Intérprete Inglês/Português pelo Centro Universitário Ibero-Americano (2007) e especialização em Tradução Inglês/Português (2010) e Linguagens das Artes (2013). É mestre pela Universidade de São Paulo na área de Estudos Linguísticos e Literários em Inglês. Atua principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira, Caio Fernando Abreu e tradução. Atuou junto a museus colaborando na produção de ações educativas acessíveis.

Comunicação: Protagonismo da Pessoa com Deficiência em Museus: relato de diversas vivências

 Anderson Junichi Shimamoto

Graduado em artes visuais. educador no MAS-SP desde fevereiro de 2009 e responsável pelo Programa de Acessibilidade da instituição.

Comunicação: Como o Museu de Arte Sacra de São Paulo torna acessível as ações educativas?

Dialogará sobre os recursos de acessibilidade em ações virtuais no período da pandemia e o desenvolvimento do Programa de Acessibilidade.  
 
Palavras chaves: inclusão, acessibilidade, recursos, equipe, pessoas com deficiência.

A mesa pretende debater questões teóricas e práticas relativas a educação patrimonial e museal.

Inicio: 16h30m (Cuiabá) 17h30m (Brasília)
Término 18h30m (Cuiabá) 19h30 (Brasília)

CONVIDADOS

Renilson Rosa Ribeiro
 
Doutor em História Cultural pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com estágio pós doutoral em Educação pela Universidade de São Paulo (Usp). Professor Associado do Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Atualmente exerce a função de Pró-reitor de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) na mesma instituição.

Comunicação: Patrimônios da memória das perdas e reparação: uma conversa sensível com educadores/as

Igor Alexander Nascimento de Souza
 
Doutorando no Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (UFBA), mestre em preservação do patrimônio cultural pelo Iphan, especialista em arte e patrimônio cultural pela Faculdade São Bento da Bahia e graduado em História com concentração em Patrimônio cultural pela Universidade Católica do Salvador. Tem experiência em análise técnica e emissão de pareceres de projetos culturais; na docência em história, memória e patrimônio cultural; em processos participativos voltados a ações culturais. Atualmente é membro do comitê gestor da Rede de Educadores em Museus da Bahia, historiador da Secretaria Estadual de Cultura da Bahia e pesquisador no Observatório da Diversidade Cultural. Desenvolve estudos e trabalhos técnicos em políticas e gestão da cultura, patrimônio cultural, educação patrimonial e museal, arquivos e museus.

Comunicação: Educação Patrimonial: Da Enunciação à delimitação Conceitual

Viviene Lozi

Graduada em Letras, Especialista em Planejamento e Gestão Cultural pela Universidade de Cuiabá. Especialista em Curadoria, Programação e Gestão de Artes – Universidade Católica PT. Pós-Graduação em Pericia e análise de Obras de Arte Centro Técnico Templo das Artes - SP. Mestranda em Museologia e Patrimônio pela UNIRIO. Atua há 20 anos nas áreas de educação e cultura e a 13 anos em museus na gestão, curadoria, montagem de exposições e ações educativas.

Foi membro do CNPC - Conselho Nacional de Políticas Cultural do Ministério da Cultura do Brasil por dois mandatos 2014/2017 como integrante do colegiado de Patrimônio Material. Atualmente é Diretora Geral da Ação Cultural e Diretora Executiva do Museu de Arte Sacra de Mato Grosso.

Comunicação: As ações de Educação Museal desenvolvida no Museu de Arte Sacra de Mato Grosso

Apresentação do plano educativo do MASMT, programas e ações desenvolvidas durante a pandemia.

O objetivo desta mesa é, a partir de duas experiências exitosas, criar um espaço de reflexão sobre práticas capazes de integrar os museus ao seus entornos,  conectando memória e pertencimento.

Inicio: 19h (Horário de Cuiabá) 20h (Horário de Brasília)
Termino: 20h30m (Horário de Cuiabá) 21:30 (Horário de Brasília)

CONVIDADOS

Yára Mattos é professora formada pelo Instituto de Educação, com prática em Escolas Municipais do Rio de Janeiro, nos anos de 1966 a 72.

 

Graduou-se em Museologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 1971(atual UNIRIO). Realizou Curso de Especialização em Arqueologia pela Associação Universitária Santa Úrsula, RJ, 1972.

 

Trabalhou junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/ IPHAN/ Ministério da Cultura, de 1972 a 2002, onde exerceu cargo de direção técnica no Museu Nacional de Belas Artes, RJ, entre 1973-80. Foi coordenadora técnica na 6ª Coordenadoria Regional do IPHAN/RJ, de 1982 a 85, atuando em projetos de revitalização de museus regionais, entre eles, o Museu de Arqueologia de Itaipu, Niterói/RJ. De 1986 a 2002, exerceu a função de Chefe da Seção de Difusão do Acervo e Promoção Cultural do Museu da Inconfidência, Ouro Preto, MG.

 

Em julho de 2004 concluiu doutorado em Ciências Pedagógicas pelo Instituto Central de Ciências Pedagógicas/Ministério de Educação Superior, La Habana, Cuba e Universidade Federal de Ouro Preto,MG.

 

Membro do Conselho Internacional de Museus – ICOM/UNESCO, desde 1972, atuando, principalmente, no Comitê de Educação e Ação Cultural – CECA. 

 

Membro da diretoria da Associação Brasileira de Ecomuseus e Museus Comunitários – ABREMC – GESTÃO 2006-2009 ; 2010-2012 e 2013-2016; 2020-2022.

 

Professora Adjunta do Departamento de Museologia/Universidade Federal de Ouro Preto, atua nas interfaces entre Museologia, Educação, Patrimônio e Processos Museológicos Comunitários. 

 

Coordena os trabalhos relacionados ao Ecomuseu da Serra de Ouro Preto, junto às comunidades circunvizinhas ao antigo Arraial Minerador do Pascoal/ Ruínas Setecentistas do Morro da Queimada, OP.

 

Dentre as suas publicações destacam-se: Abracaldabra: uma aventura afetivo-cognitiva na relação museu-educação. Ouro Preto: EDUFOP, 2010. 168p. ISBN: 978-85-288-0077-7.

Cultura Brasileira: aspectos gerais e instituições. Ouro Preto: UFOP/CEAD, 2009. 93p. ISBN: 978-85-98601-34-2.

Sala Manoel da Costa Athaide – 1985-2000. Ouro Preto: Museu da Inconfidência, 2004. 124 p. CDU: 700.294.

Comunicação: O Ecomuseu da Serra de Ouro Preto: nos carretéis da memória

O Ecomuseu da Serra de Ouro Preto, Minas Gerais, buscando as ações que atualizam os paradigmas da educação museal interligada ao desenvolvimento social, vem procurando estabelecer diálogo com a dinâmica da territorialidade do acontecer histórico local, sua criação e recriação. Os museus, como espaços privilegiados de acolhimento, mediação, exploração e desenvolvimento de potencialidades, são ferramentas poderosas no sentido de contribuir para o equilíbrio de tensões que afetam, principalmente, jovens e crianças, por serem mais sensíveis e propensos às inúmeras influências e possibilidades de agressões externas. Esse público alvo é caracterizado sob o enfoque integral do desenvolvimento humano, entendido como a transformação gradual e contínua do indivíduo, expressada nos elementos biopsicossociais que contribuem para a formação da personalidade nas diferentes etapas da vida. Por conseguinte, nas ações a eles direcionadas, são utilizadas metodologias participativas visando à superação das tensões sociais e culturais. As diferentes modalidades de ações educativo-culturais, econômico-sociais e patrimoniais desenvolvidas nesse território, objetivam o estabelecimento de uma rede de relações “sustentáveis” entre os atores sociais do presente e todos os lugares significativos de memória. De acordo com o artista plástico Iberê Camargo, em seu livro Gaveta dos Guardados (2009), a “memória é a gaveta dos guardados (...) pertence ao passado. É um registro. Sempre que a evocamos, se faz presente, mas permanece intocável, como um sonho”.  A partir então, de uma licença poética utilizada por essa autora, a presente narrativa procura estabelecer uma analogia ligada aos carretéis mencionados por Camargo: símbolo, signo, personagem – o carretel – brinquedo da infância do artista, nesse momento é deslocado e transformado em um instrumento impregnado de conteúdos que narram as diversas fases de implantação de um ecomuseu na Serra de Ouro Preto. Os carretéis se enrolam e desenrolam num movimento contínuo. Estamos em sinergia! Somos envolvidos pelas coisas, pelas paisagens, pelas pessoas, pelas memórias e histórias! Somos universais e ao mesmo tempo, únicos! 

 

Palavras-chave: educação museal – ecomuseu – Serra de Ouro Preto – carretéis da memória

 
Cláudia Rose Ribeiro da Silva - Museu da Maré 

Possui graduação em Licenciatura em História pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1991) e mestrado profissionalizante em Bens Culturais e Projetos Sociais pela Fundação Getúlio Vargas (2006). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Política e Social, atuando principalmente nos seguintes temas: favela, memória e identidade. Atualmente, além de exercer o magistério na rede municipal de ensino, é diretora do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré (CEASM), gestora da Casa de Cultura da Maré e coordenadora do Museu da Maré, no Rio de Janeiro. 

 

A favela da Maré está localizada entre a Avenida Brasil e a Linha Vermelha. Originalmente, antes dos grandes aterros executados no contexto do Projeto Rio – projeto realizado pelo poder público federal na década de 1980, durante a ditadura civil-militar -, a Maré era uma área de mangues, praias e areais, onde a maior parte da população vivia em barracos sustentados por palafitas, construídas sobre a Baía de Guanabara. Atualmente, a região tem cerca de 140 mil moradores, que vivem nas 16 comunidades constituídas ao longo de 70 anos, desde a década de 1940, quando os primeiros barracos foram surgindo, principalmente por conta do incentivo à migração nordestina por parte do governo federal – à época localizado no Rio, com sede no palácio do Catete, atual Museu da República. A intenção foi utilizar a mão de obra dos migrantes nas grandes obras que estavam sendo realizadas na então capital da república. Uma dessas obras foi a construção da Avenida Brasil (Variante Rio-Petrópolis), inaugurada em 1946. Os trabalhadores, sem ter onde morar, foram se instalando às margens da avenida e ocupando os terrenos na região da Maré, que pertenciam à União, eram terrenos de Marinha. Foi nessa região, com história tão rica, diversa e de luta, que surgiu o Museu da Maré, em 2006. O projeto do Educativo do Museu é uma das ações fundamentais da instituição. O Educativo promove a comunicação entre o Museu e a comunidade, por meio de visitas guiadas às exposições, rodas de leitura, contação de histórias, seminários, exposições itinerantes, palestras, oficinas etc. O projeto, em parceria com a FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), realiza a formação de estudantes de ensino médio, que são moradores da Maré, para atuarem na monitoria das exposições temporárias e de longa duração. O grupo Maré de Histórias (os contadores de histórias da Maré), outra ação do Educativo, atua tanto na formação dos bolsistas da FAPERJ, quanto nas atividades de comunicação entre o Museu e a comunidade. O grupo desenvolve atividades lúdicas de contação de histórias, dentro do Museu e em diversos outros espaços e eventos. As principais histórias contatas pelo grupo estão no livro Contos e Lendas da Maré, que reúne as narrativas de vários casos fantásticos vividos pelos moradores. O porco com cara de gente, O ensopado de cobra e A figueira mal-assombrada são alguns desses casos, apresentados de forma lúdica e bem-humorada pelo grupo Maré de Histórias. O Educativo também está em permanente diálogo com as escolas do entorno e, durante o terrível contexto da pandemia de Covid-19, produziu o caderno pedagógico Maré de Histórias, material interativo, com fotos, textos, depoimentos, desenhos, desafios e jogos, para oferecer àqueles espaços o acesso aos acervos museográfico e arquivístico do Museu. O caderno foi preparado com muito carinho para que professores e estudantes se apropriem dos acervos e possam dialogar com os objetos, fotos e demais documentos em sala de aula, criando novas possibilidades de interação com a exposição e o arquivo do Museu, mesmo que de forma remota.

Palavras-chave: Favela, Maré, Museu, Projeto Educativo

SOBRE O TEMA

O que estamos chamando de tipologias restritas, ou restritivas, são tipologias museais  e/ou comunicação museal que podem conflitar com valores e costumes culturais de alguns grupos sociais. Como descrito no PNEM “Os museus abarcam um vasto espectro de campos de interesse, com diversas tipologias (...)” 

E ainda 

“Os museus deixam de ser espaços passivos de acúmulos de objetos para assumirem um papel importante na interpretação da cultura, da memória e na educação dos indivíduos, no fortalecimento da cidadania, no respeito à diversidade cultural e no incremento da qualidade de vida na contemporaneidade.”   

Tomando como base a noção, da nova museologia, de que o conceito de comunidade é central para compreendermos e planejarmos a atuação museológica, consideramos que a superação de possíveis conflitos e mal entendimentos entre essas tipologias e os grupos comunitários diversos é fundamental para que possa ampliar o alcance das ações educativas desses espaços, sobretudo porque essa realidade limita a comunicação museal e a exploração crítica que a ação educativa pode desenvolver.

O objetivo desta mesa  é o de apresentar e refletir tais práticas educativas que intentam superar essas barreiras existentes entre tipologia restritiva/restritiva (comunicação museal limitada) e as comunidades que se pensam fora, distantes, ou excluídos dos temas e conteúdos educativos desses espaços.

Início: 09h Cuiabá / 10h Brasília

CONVIDADOS:

Mestre em sociologia. Pesquisa trajetória de intelectuais brasileiros, bem como o processo de educação e sua relação com a memória e a religiosidade, com foco em religiões de matriz-africana. Atualmente é educador no Museu Afro Brasil.

Comunicação: O Museu Afro Brasil em perspectiva: uma proposta de descolonizar olhares e sentidos.


Paulo Delgado

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Católica Dom Bosco (1996), mestrado em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (2003) e doutorado em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (2008). Atualmente é Professor Associado I da Universidade Federal de Mato Grosso: lotado no Departamento de Antropologia (DAN), professor permanente do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS/UFMT) e pesquisador do Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos (NERU). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena, atuando principalmente nos seguintes temas: Guarani Ñandéva; Xavante, Território; Ocupação Tradicional, Direitos, Territorialidades, Territórios e Conflitos. Atualmente Coordena o Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia da UFMT.

Comunicação: Índios, um estado, uma universidade e um museu: (des)encontros e singularidades na percepção e representação de um outro eu
• A criação da UFMT;
• Povos Indígenas no Estado de Mato Grosso;
• Contexto sócio econômico do Estado de MT;
• O papel da UFMT na relação com os povos indígenas e desenvolvimento do Estado de Mato Grosso;
• O Museu;
• O herói quase mítico;
• Tentativas de rupturas
• O acervo do MUSEAR;
• MUSEAR ou Museu do Índio?;
• O MUSEAR e as sociedades;
• Produção de Exposições e seus objetivos;
• “Habemus” museólogo;
• Ações educativas no âmbito das exposições;
• Público alvo das ações educativas;
• Desafios.

SOBRE O TEMA

O que estamos chamando de tipologias restritas, ou restritivas, são tipologias museais  e/ou comunicação museal que podem conflitar com valores e costumes culturais de alguns grupos sociais. Como descrito no PNEM “Os museus abarcam um vasto espectro de campos de interesse, com diversas tipologias (...)” 

E ainda 

“Os museus deixam de ser espaços passivos de acúmulos de objetos para assumirem um papel importante na interpretação da cultura, da memória e na educação dos indivíduos, no fortalecimento da cidadania, no respeito à diversidade cultural e no incremento da qualidade de vida na contemporaneidade.”   

Tomando como base a noção, da nova museologia, de que o conceito de comunidade é central para compreendermos e planejarmos a atuação museológica, consideramos que a superação de possíveis conflitos e mal entendimentos entre essas tipologias e os grupos comunitários diversos é fundamental para que possa ampliar o alcance das ações educativas desses espaços, sobretudo porque essa realidade limita a comunicação museal e a exploração crítica que a ação educativa pode desenvolver.

O objetivo deste simpósio  é o de apresentar e refletir tais práticas educativas que intentam superar essas barreiras existentes entre tipologia restritiva/restritiva (comunicação museal limitada) e as comunidades que se pensam fora, distantes, ou excluídos dos temas e conteúdos educativos desses espaços.

Inicio: 14h (Horário de Cuiabá) 15h(Horário de Brasília)
Término: 16h  (Horário de Cuiabá) 17h(Horário de Brasília)

CONVIDADOS:

 

Mestre em museologia pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades em Museologia da Universidade de São Paulo (PPGMus/USP)(2019), possui Licenciatura Plena em Desenho e Plástica pela Universidade Federal de Juiz de Fora, MG (1980), com especializações em História da Arte (1988) pela Fundação Armando Alvares Penteado, em Arte educação (1997) e Museologia (2002) pela Universidade de São Paulo, SP. Coordenou as equipes educativas dos museus da Língua Portuguesa, de Arte Sacra de São Paulo, da Pinacoteca de São Paulo, e de exposições temporárias no Instituto Itaú Cultural, no Centro Cultural Banco do Brasil e na BrasilConnects Cultura & Ecologia, entre outros. Atuou em projetos de Memória Institucional pelo Museu da Pessoa. Tem realizado consultoria e gestão de projetos educativos e de memória em museus e instituições culturais. Realiza seleção, formação de equipes e criação de materiais educativos. É autora do livro Museu Paulista: 120 anos de história. Membro do Conselho Internacional de Museus / ICOM, desde 2005, participa do Comitê para Educação e Ação Cultural ? CECA. Desde 2002, é sócia diretora da empresa Tembetá Produções Artísticas Ltda.

Comunicação: A educação museal como instrumento no combate ao preconceito e à intolerância.

Embora a intolerância e o preconceito não sejam direcionados unicamente às práticas religiosas, é com esse foco que se desdobra mais fortemente a rejeição à diversidade. O Brasil é um Estado laico desde 1924, ou seja, o governo não tem ligação com nenhuma religião específica e a população legalmente tem liberdade de escolher sua crença. Porém podemos perceber cada vez mais o preconceito religioso presente no seio da nossa sociedade. Lidar com acervos públicos que guardam e comunicam objetos religiosos nos faz deparar com as mais variadas reações indicativas de intolerância e de preconceito. Tradicionalmente direcionadas aos índios, africanos e judeus, as reações de preconceito também acontecem nos espaços que expõem objetos de culto católico. A ferramenta principal para a construção de uma sociedade mais tolerante e justa é a educação. O museu é espaço público, produtor de conhecimento, promotor de identidade, espaço de construção de memória coletiva e de educação. Portanto é um lugar apropriado para o desenvolvimento de processos educativos que estimulem o debate e a reflexão. A proposta desta comunicação é discutir formas de utilização da educação para romper a barreira do preconceito, da discriminação e da intolerância religiosa nas instituições museais.
 

Palavras-chave: intolerância,educação museal, diversidade

 

Franco Reinaudo 
Graduado em Marketing pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Cursou Filosofia e Língua e Literatura Inglesa na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atualmente cursa especialização em Museologia, Cultura e Educação na PUC São Paulo.
Ativista pelos direitos da população LGBT desde os anos 90, ajudou na construção da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.
Instrutor, Consultor e Palestrante para a inclusão e respeito da diversidade sexual no ambiente de trabalho do setor público e privado.
Dirigiu a Coordenadoria de Assuntos da Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo, órgão responsável pelas políticas públicas para a comunidade LGBT do município
Desenvolveu o Programa Mais Orgulho, projeto inédito do Governo do Estado que apoia Paradas do Orgulho LGBT no interior e litoral do Estado de São Paulo  
Atualmente, coordena o Museu da Diversidade Sexual da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa de São Paulo, primeiro espaço da América Latina e terceiro do mundo, sobre a temática LGBT.

Tema: A experiência da criação do Museu da Diversidade Sexual, primeiro equipamento da América Latina relacionado à temática.

Comunicação: Pretende abordar a experiência da criação do Museu da Diversidade Sexual, primeiro equipamento da América Latina relacionado à temática e as estratégias que construímos a partir de nossas experiências de exclusão, violência e invisibilidade, enquanto comunidade LGBTQIA+ e como esses contextos criaram práticas educativas para mediar conteúdos radiativos para uma sociedade pautada na cisheteronormatividade.

Inicio: 17h (horário de Cuiabá) 18h (Horário de Brasília)
Término: 19h30m (horário de Cuiabá) 20h30m (Horário de Brasília)

No Brasil a partir de 2009 a área museológica recebeu incentivo governamental, sendo criado o Instituto Brasileiro de Museus – IBRAM, desmembrando-se das atividades do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-IPHAN, ambos permanecendo ligados ao Ministério da Cultura. 

Neste processo, as áreas se fortaleceram, ampliaram a atuação técnica e de incentivo a formação profissional. Foram criados cursos de graduação e pós-graduação na área da Museologia e do Patrimônio respectivamente; foi constituída, de forma participativa com os estados da federação, uma Política Nacional de Museus -PNM; foram realizados Fóruns Nacionais de Museus; e implantado o Sistema Nacional de Museus. 

Os educadores se organizaram em grupos informais e voluntários e constituíram redes de comunicação visando pesquisar, debater, empreender ações educativas e de lutas políticas para a valorização da categoria profissional. Cujos desdobramentos foram as criações das REDE DE EDUCADORES EM MUSEUS REM’s nos estados do Brasil. 

No caso de Mato Grosso, em dezembro de 2009, foi criada em Cuiabá, a REDE DE EDUCADORES EM MUSEUS E PATRIMONIO, a REMP-MT, visando atuar nas duas áreas, Museus e Patrimônio, conforme o entendimento do grupo gestor, cujo principal meio de comunicação adotado foi o blog: http://rempmt.blogspot.com; e-mail dos membros e via telefone. No mesmo período foram organizados eventos científicos que contribuíram para fundamentar teoricamente as ações educativas em diferentes lugares de Memória.

O SEMIDEC abre espaço para que esta importante organização de educadores possam se reunir e debater suas questões. A reunião será transmitida para que qualquer pessoa, do Estado de MT, ou do país, possa se inteirar do trabalho e dos planos para o próximo Biênio.

Pautas:

- Apresentação da REMP-MT (Breve Histórico)
- Estatuto
- Eleição da Nova Diretoria.